sexta-feira, 22 de junho de 2012

Resenha do livro: "Senhora - José de Alencar"

Aurélia Camargo uma moça órfã, criada por uma velha parenta D. Firmina, que estava com a jovem para ajudá-la na sociedade. Aurélia uma moça muito rica e formosa, mas solteira. Busca um homem a qual não interessasse pelos seus bens e sim pela sua beleza. Estava disposta a pagar cem contos de réis para se casar.
O Sr. Lemos é um tio de Aurélia, que tem consigo a responsabilidade de ser o tutor legal da moça.Mas Aurélia não era muito achegada a conversar com ele, mas precisava de dinheiro para casar-se e além disso, um noivo.Então logo ela sentou-se com Lemos e, conversaram e ela contou que queria se casar, mas ele negou a ela o dinheiro, então ela disse que se ela fosse no juiz  ela iria pedir que ele não fosse mais seu tutor, e que se ele fizesse o que ela estava pedindo,ele iria está tomando  uma atitude que mudaria a vida dela, então logo Lemos aceitou a procurar um moço muito bem vida, para casar-se com Aurélia, mas a moça disse, que o futuro noivo não precisaria saber que estava sendo comprando por cem réis.
Havia na Rua Santa Teresa uma pobre e enferma senhora era conhecida por D. Emília Camargo, passava por viúva e tinha uma filha moça.
Ao entregarem o convite de casamento de Emília e Pedro, ninguém acreditou para a família a moça era amante de Pedro. Pedro prometeu voltar breve para não mais separarem, Emília sofreu muito com essa ausência. Encontrou Pedro com seu primeiro filho dois meses, e chamou de Emílio. E nesse tempo já havia nascido também uma filha que chamou de Aurélia, por te sido o nome da mãe de Pedro. Pedro Camargo foi acometido de uma febre cerebral, a sucumbiu no rancho onde procurara um abrigo, longe dos socorros e quase dos desamparos.  
O irmão de Aurélia, Emílio, frágil e pouco desenvolto para o trabalho, de espírito 'curto e tardio' e irresoluto como o pai, consegue a profissão de caixeiro de um corretor de fundos. No entanto, é Aurélia, viva e inteligente, quem trabalha por ele.
Um resfriado o mata, acentuando o desamparo das duas mulheres. Emília, que pressente a própria morte, passa a pressionar a filha para que esta, sempre fechada dentro de casa, arrume um bom casamento.
Nesta situação de aparecer na janela para chamar a atenção dos homens, situação que abominava, Aurélia conhece e se apaixona por Fernando Seixas. Por ele, recusa outros pretendentes, inclusive Eduardo Abreu, moço rico e dos mais distintos da corte.
Embora tivesse chegado a pedir a mão de Aurélia, devido à insistência de Emília em conhecer-lhe as intenções, Fernando a abandona, pelos motivos que já conhecemos.
Nesta ocasião, Lourenço Camargo, o avô de Aurélia, fica sabendo de toda a verdade sobre o filho. Visita então a nora e a neta, reconhece a ambas e deixa nas mãos de Aurélia um testamento.
Emília e Lourenço falecem, Aurélia transforma-se numa rica herdeira, a herdeira universal dos bens do avô, e começa assim a vingar-se da sociedade que tanto a maltratara. A vingança culmina com a conversa entre ela mulher traída e Fernando Seixas homem vendido em plena câmara nupcial.
Após aquele episódio, Seixas foi aos seus aposentos esbarrando em tudo, parou na janela e desaguou em lágrimas...
Depois disso, voltou ao toucador de modo decidido! Abriu as gavetas e guardou nelas cuidadosamente todos os objetos de valor que estavam ali, terminando isso, trancou o móvel. Tirou suas roupas elegantes e vestiu a mais modesta que tinha.
Perdido em seus pensamentos, Seixas foi ao jardim, em seguida passeando na rua encontrou na calçada um vendedor e com muita pressa, comprou um pente e uma escova de dente. Voltou a casa sem que ninguém percebesse e seguiu o dia naturalmente.
Aurélia sempre que tinha chance, fazia alguma piada infame ou comentário maldoso para humilhá-lo.
Fernando e Aurélia apesar de muito tempo de casados, nunca se comportaram como tal. Sempre tratando um ao outro com ironia e desprezo. Principalmente Aurélia que sempre faz questão de sempre acusar seu marido de que ele se vendeu que é apenas seu escravo. E assim Fernando obedece aos caprichos da esposa. Aurélia e Fernando, sempre iam a muitos bailes em um destes bailes, Aurélia dançou muito e ficou muito fatigada, e pediu para que Fernando a levasse a seus aposentos, e ali jogou todo seu charme, para Fernando tentando fazê-lo, confessar que a ama, assim que conseguiu a confissão de seu marido o humilhou de tal maneira.
Aurélia está em um baile, no qual, começa a tocar a música apenas para as pessoas casadas. Depois de muita insistência de seus convidados ela decide dançar com Seixas. Durante a dança de valsa suas almas se encontram e percebe o quanto se amam. Aurélia finge um desmaio, para que fique sozinha com Seixas, no entanto ele a despreza. Então ela diz que Fernando pertences, é só dela que comprou e muito caro, na mesma noite em que Aurélia infligira humilhação desse casamento monstruoso dos sarcasmos com a vergonha Seixas considerou-se impossível para semelhante mulher, não poderia amá-la nunca mais, e ainda menos aceitar seu amor. Fernando então decide avaliar seus objetivos como o de comprar a sua liberdade de volta. Passando alguns meses, Fernando fica sabendo que tem direito a 20 contos de réis, resultantes de um negócio feito quando solteiro.
Fernando fizera economia com o salário da repartição e conseguiu ganhar ainda mais 15 contos de um antigo negócio que só agora deu lucro e devolve a Aurélia o que pertence e reconquista sua liberdade de ser. Aurélia diz que mesmo humilhando todo esse tempo sente ainda um amor intacto. Aurélia confessa que o ama de verdade, e suplica pelo o amor dele. Aurélia consegue provar esse amor, e conquista Seixas, mesmo ele achando que a riqueza dela havia destruído o amor dos dois. Ela se ajoelha a seus pés e suplica que aceite seu amor, Fernando ergue-a em seus braços e beija com paixão. Mas Fernando pensa que a riqueza dela separou para sempre, Aurélia então vai até o toucador e mostra o envelope com o seu testamento. No testamento estava escrito o imenso amor que tinha ao marido e era seu herdeiro.

“As cortinas cerraram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantavam o hino misterioso do santo amor conjugal”.